Pequenos ambientes, grandes negócios.

 Enquanto o valor do metro quadrado dos imóveis comerciais cresce, o tamanho das empresas diminui. Desafio é colocar no espaço compacto tudo o que o negócio precisa.

 A força do empreendedorismo brasileiro é grande. O Brasil ocupa a quarta posição no ranking em número absoluto de empreendedores, atrás da China, Índia e Nigéria. Segundo a pesquisa Empreendedorismo no Brasil, cerca de 40 milhões de brasileiros partiram em busca de seu próprio negócio. Os jovens, de 18 a 34 anos, são destaque e correspondem a 29,8% do total.

Começar um negócio é uma tarefa desafiadora e requer vigor para tocar a empreitada. Depois de definir a área de atuação e executar os procedimentos legais para sua regularização, o passo seguinte é cuidar da sede da nova empresa que está surgindo. “É quando o negócio começa a se materializar e suas características devem traduzir sua identidade”, define a arquiteta Andreia Spessatto.
O desafio começa pela escolha do endereço: se o imóvel é próprio, exige um aporte do empreendedor logo no início do negócio, quando os rendimentos ainda nem entraram no caixa; se é alugado, é uma despesa fixa que precisa ser calculada com cautela para evitar desequilíbrio nas contas do novo negócio. Por isso, quando a empresa nasce, em geral, a ordem é racionalizar o espaço de sua sede. Quanto menor, melhor para sua saúde financeira.
O espaço pode ser pequeno, mas as necessidades da empresa em acomodar funcionários, equipamentos, estoque, copa, área de serviço continuam as mesmas. A metragem média das salas corporativas é de 30 m², o que pode ser um desafio dependendo do que é necessário inserir nesse espaço. Um problema para os arquitetos resolverem.
As arquitetas Andreia Spessatto e Naira Sá começaram a exercitar este desafio para fazer seu próprio escritório. Em uma sala de 30 metros quadrados, elas conseguiram desenvolver um espaço com recepção para duas pessoas, lavabo, área corporativa para quatro colaboradores e sala de reunião para acomodar de cinco a seis pessoas. “Investimos em armários planejados para abrigar não apenas os materiais de escritório, mas também para isolar o purificador, frigobar e os itens de limpeza”, explica Andreia.
Segundo ela, a premissa de um bom projeto é que ele seja funcional e visualmente agradável. “O imóvel pode ser pequeno, mas não dá para ser tumultuado e transmitir a ideia de desorganização ou de um espaço abafado”, diz. Para atingir estes critérios, alguns mecanismos – como vidro incolor e persianas – são recomendados para isolar ou integrar os ambientes. O uso de espelhos e cores claras também.
fonte: http://www.dm.com.br/revista/2015/01/pequenos-ambientes-grandes-negocios.html
 
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